terça-feira, 21 de setembro de 2010

ARVORES...



*Dia da Árvore*
-21 de Setembro-

Nasci como todos os seres vivos
Da semente brotei para a vida
Multipliquei-me, para bem-vinda
Ofertar bem meus frutos nativos

Sou fotossíntese pela luz
Colorido forte verdejante
Como oxigênio cativante
No gás carbônico, sina, cruz

Necessito do adubo da terra
Água pura saciando a sede
Reflorestamento, folha verde

Sou madeira de lei, construção
Aos viajantes cansados, a sombra
Sou vida, sem mim demolição

O caos reinará sobre a terra
Os campos secarão e encerra
As mãos me destroem ambição

Sou matéria prima viável
Quero a paz neste planeta nu
De sensibilidade esgotável
Da criança o lápis, papel cru

Todos dependem de mim, sim?
Sou inesgotável no habitar
Basta o pensamento meditar

Que sou início meio e fim
Nas mãos inábeis sou estopim
Nas mãos hábeis a paz, o bradar

S.Nogueira

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=53770#ixzz10CjPbBnx

BlogBlogs.Com.Br

terça-feira, 4 de maio de 2010

ESSA CALOU OS AMERICANOS!!!


Finalmente um brasileiro lavou a alma do país...

SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS
Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

domingo, 7 de março de 2010

DIA DA MULHER...


Podem até ter convencionado um dia para comemorar o dia da mulher mas para mim...que sou uma delas...sei que todos os dias são DIA DA MULHER...
Mulher empresaria...professora...medica...psicologa...pastora...esposa...irmã...filha...mãe.
Mulher que luta...sofre...chora...ora...espera..acredita...ama...
Todas são mulheres todos os dias então porque escolheram somente um dia durante todo o ano para ser homenageada?
Não quero ser feminista mas com certeza quem inventou esse dia foi um homem...heheheh...com certeza um daqueles que sempre acha que a melhor mulher é a do vizinho...do amigo...ou qualquer mulher que não seja a sua...daqueles que nunca liga ou vai visitar a mãe...daqueles que acha que mulher para ser boa companhia tem que necessariamente ser fisicamente bela...que ele seja perdoado por isso...
Enfim...nós mulheres sabemos que todos os dias são nosso dia...
Quero deixar aqui minha homenagem a todas as mulheres que como eu lutam e lutaram por sua vida e de sua família com muito amor...mesmo não sendo compreendidas por essas pessoas mas que acima de tudo sabem que fizeram sua parte...que fizeram e fazem a diferença mesmo não tendo mais a beleza e juventude de uma adolescente,tem a experiencia...esperança...sabedoria...fé e principalmente crêem que existe um DEUS todo poderoso,um DEUS de justiça que sabe a quem abençoar.
PARABÉNS GRANDE MULHER POR TODOS OS SEUS DIAS,FINDOS E OS AINDA POR VIR.
QUE DEUS CONTINUE TE ABENÇOANDO...AMÉM.

Alma de Mulher

Nada mais contraditório do que ser mulher ...
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.

Que vive milhões de emoções num só dia e
transmite cada uma delas, num único olhar.

Que cobra de si a perfeição e vive
arrumando desculpas para os erros,
daqueles a quem ama.

Que hospeda no ventre outras almas, da a luz
e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.

Que dá as asas, ensina a voar mas não quer ver partir
os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.

Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda
que seu amor nem perceba mais tais detalhes.

Que transforma
em luz e sorriso as dores que sente na alma,
só pra ninguém notar.


E ainda tem que ser forte, pra dar os ombros
para quem neles precise chorar.

Feliz do homem que por um dia souber,
entender a Alma da Mulher !!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

ECORELACIONAMENTO...HAHAHAHAH




Hoje gostaria de falar sobre como viver ecologicamente correto sentimentalmente.
Assim como temos que cuidar de nosso planeta...precisamos cuidar também de nosso ser.
Assim como devemos economizar agua...caso contrário nossos netos pagarão caro por isso...temos que evitar pessoas em nossas vidas que nos fazem chorar...
Assim como precisamos economizar energia...pelo mesmo motivo que o item anterior...temos que evitar pessoas que sugam as nossas energias.
Assim como temos que reciclar materiais pois nosso planeta nem tem mais onde jogar o lixo...
TEMOS QUE RECICLAR PESSOAS QUE NOS TORNAM E NOS TRATAM COMO TAL...
Assim como temos que fazer aproveitamento de agua de chuva...devemos também ter um bom aproveitamento de nossos momentos...só partilhar com;PESSOAS QUE NOS ALEGRAM...NOS AMAM E PRINCIPALMENTE ..NOS RESPEITAM.
ENFIM...A MIDIA ULTIMAMENTE,FALA MUITO SOBRE CUIDAR DE NOSSO PLANETA..SOBRE SUSTENTABILIDADE...SOBRE BAIXO IMPACTO...
CONCORDO EM TUDO E ACRESCENTO...ACIMA DE TUDO E PRIMEIRAMENTE DEVEMOS CUIDAR DA NOSSA VIDA...DE NOSSA SAÚDE FÍSICA,MENTAL E SENTIMENTAL.
VAMOS PRECICLAR TUDO NO NOSSO DIA A DIA...INCLUINDO PESSOAS...PARA QUE POSSAMOS VIVER RELACINOMENTOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS TAMBÉM.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SEIS ATITUDES QUE AJUDAM O PLANETA...


Dicas, Ecoblog

Tem gente que não se engaja na causa da preservação do meio ambiente por achar que dá muito trabalho e pouco resultado. Mas não é bem por aí… Veja pequenas mudanças de hábito que você pode fazer no seu dia a dia e que podem fazer muita diferença para o planeta.

1) Reduza o uso de sacolinhas plásticas
As sacolinhas que usamos para embalar compras de supermercado só fazem mal ao meio-ambiente. Adote ecobags, feitas de tecido, para transportar suas compras. Se você é daqueles que reutilizam as sacolas como saco de lixo em casa, não precisa abandoná-las totalmente. Mas use apenas a quantidade necessária. Dica: use uma ecobag até que seu "estoque" de sacolinhas em casa se esgote e só o reabasteça assim, de tempos em tempos. Veja aqui mais dicas para se livrar das sacolinhas plásticas.

2) Use menos o carro
Você mora perto de um colega de trabalho? Combinem caronas. A padaria fica a três quarteirões de casa? Deixe o carro na garagem e vá caminhando. Quanto menos você usar o carro, menos CO2 emite.

3) Consuma alimentos produzidos localmente
Dando preferência aos alimentos produzidos em sua cidade, você contribui para a redução do transporte de produtos e da emissão de CO2 que isso implica.
4) Troque suas lâmpadas por modelos "verdes"
Apesar de ser mais cara que a incandescente, uma lâmpada ecologicamente eficiente pode significar uma economia de 80% no consumo de energia.

5) Escove os dentes de torneira fechada.
Esse simples ato, de fechar a torneira, resulta em uma economia de 12.593 litros de água por ano. E estamos falando de uma única pessoa.

6) Faça xixi no banho
Essa dica engraçada ficou conhecida com a campanha Você faz xixi no banho? da ONG SOS Mata Atlântica. A xixi no banho, você economiza 12 litros de água (equivalente ao que seria gasto com a descarga). Em um ano, são 4.380 litros.

admin
Tags:dia da natureza,ecobag,Meio Ambiente,Sustentabilidade

BIOMAS BRASILEIROS E PAISAGISMO

Autor: Gláucia de Oliveira - Bióloga Data: 6/1/2010
Brasil é o país de maior biodiversidade do Planeta, sendo considerado pela Conservation International (CI) como megabiodiverso, ou seja, país que reúne ao menos 70% das espécies vegetais e animais do Planeta (Fonte:IBAMA). Sua flora é uma das mais ricas do mundo, com aproximadamente 45.000 espécies de plantas já descritas. E estima-se que ainda há muitas espécies a serem descobertas, mas que podem se tornar extintas antes mesmo que saibamos de sua existência, caso continue os atuais níveis de desmatamento.

Esta diversidade está distribuída em diferentes biomas nas regiões brasileiras. De forma simplificada, biomas são regiões com características climáticas e geológicas similares que abriga uma diversidade de seres vivos adaptados às suas condições ambientais. No Brasil podemos distinguir sete biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Campos sulinos, Pantanal e Costeiros (veja no mapa abaixo a distribuição destes biomas no território brasileiro).
Fonte:Ibama
Porém, à exploração da natureza, a derrubada das florestas pelo crescimento das cidades, abertura de estradas, usinas hidrelétricas, campos para a agricultura, dentre outras questões têm alterado estes biomas e diminuído significativamente sua cobertura vegetal. Dentre estes, a Mata Atlântica e o Cerrado estão entre os mais ameaçados, tendo sua área reduzida a fragmentos.

Cada bioma possui suas peculiaridades, suas belezas e seu potencial paisagístico. O paisagismo é um dos segmentos que trabalham diretamente com o meio ambiente e um dos responsáveis pela sua conservação. E para se trabalhar com a natureza, é preciso entender, pelo menos um pouco, os processos e as relações ecológicas entre seus componentes. Para isso, é preciso observar, estudar e copiar a natureza, respeitando a harmonia que foi alcançada através de milhares de anos de evolução e adaptação.

Um dos importantes conceitos que têm sido muito utilizado nesta época de grande preocupação ambiental é sobre o uso de plantas nativas. Utilizar plantas nativas como ornamentais não deve ser considerado somente como modismo e não deve-se dizer isso apenas para repetir o que os ambientalistas alertam. Espécies exóticas, ou seja, espécies que não são nativas do ambiente em que estão sendo cultivadas, são capazes de alterar sistemas naturais de tal forma que podem até causar a extinção de espécies nativas. Por isso, plantas invasoras são hoje consideradas uma das maiores ameaças mundiais à biodiversidade, perdendo somente para a destruição de ambientes pela exploração humana direta. Como exemplo de espécies exóticas que se tornam invasoras pode-se citar o beijinho ou maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana) e também o lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) que vemos infestar bordas de fragmentos florestais de Mata Atlântica, enquanto na verdade estas espécies são da África e Ásia respectivamente, e as plantas nativas que deveriam estar ali? O que aconteceu com elas?

Além disso, a utilização de plantas nativas facilita a manutenção dos jardins, uma vez que estão adaptadas ao clima, as condições hídricas e do solo da região. E consequentemente, se gastará menos recursos do que se gasta tentando copiar o ambiente de origem daquela planta. Vale ainda ressaltar, que muitas vezes o conceito de plantas nativas e exóticas têm sido utilizado de forma errônea. Pois, para se fazer um projeto com plantas nativas deve-se utilizar plantas da região em que está trabalhando, se por exemplo, em uma região de Mata Atlântica usar plantas da Amazônia, é preciso entender que ainda assim você estará usando plantas exóticas em seu projeto. Cada local tem suas plantas nativas próprias, uma planta da Amazônia é nativa do Brasil mas não significa que ela é nativa da sua região.

Portanto, reflita, se instrua e valorize o bioma da sua região. Lembre-se que a nossa flora é a mais rica do mundo e use e abuse das belezas de nosso país. O Brasil é um país bonito por natureza que precisa da ajuda de todos para ter suas riquezas naturais preservada

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

PRECICLE


Você sabe o que é preciclar?

É muito simples!
É pensar antes de comprar.
40% do que nós compramos é lixo.

São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta.

Poderia ser diferente?
Tudo sempre pode ser melhor.

Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.

Estes são os 3 R's:
Reduzir, Reutilizar e Reciclar

Reduzir o desperdício,
Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora, e
Reciclar, ou melhor: separar para a reciclagem, pois, na verdade, o indivíduo não recicla (a não ser os artesãos de papel reciclado).

O termo reciclagem, tecnicamente falando, não corresponde ao uso que fazemos dessa palavra pois reciclar é transformar algo usado, em algo igual, só que novo.
Por exemplo, uma lata de alumínio, pós-consumo, é transformada, através de processo industrial, em uma lata nova.
Quando transformamos uma coisa em outra coisa, isso é reutilização.
O que nós, como indivíduos, podemos fazer, é praticar os dois primeiros R's: reduzir e reutilizar.
Quanto à reciclagem, o que nós devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar as alternativas de destinação, ecologicamente corretas, mais próximas.

Pode ser uma cooperativa de catadores ou até uma instituição filantrópica que receba material reciclável para acumular e comercializar.

O importante é pensarmos sobre os 3 R's procurando evitar o desperdício, reutilizar sempre que possível e, antes de mais nada,

preciclar!

Ou seja: Pensar antes de comprar.
Pensar no resíduo que será gerado.

Evite embalagens plásticas: elas poderão ser transformadas em produtos plásticos reciclados. O vidro é totalmente reciclável e muito mais útil em termos de reutilização da embalagem.

Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as jogamos no lixo. Tampouco acaba a nossa responsabilidade!


Pólita Gonçalves

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ÁGUA...FONTE ESGOTÁVEL....

http://www.vidagua.org.br/

Água: O Recurso Mais Valioso da Terra

A água é um mineral, elemento químico simples (H2O) fundamental para o planeta. Está por toda parte, forma oceanos, geleiras, lagos e rios. Cobre ¾ da superfície da Terra: 1 bilhão 340 milhões de quilômetros cúbicos. Abaixo da superfície, infiltrada no solo, há mais 4 milhões de quilômetros cúbicos que contornam rochas, cavernas, formam poços, lençóis e aqüíferos. Em torno do planeta, na atmosfera terrestre, existe mais de 5.000 quilômetros cúbicos de água, em forma de vapor.
Sem água, a vida como conhecemos seria impossível. Toda evolução dos seres vivos está associada e depende desse precioso líquido.

A humanidade tem seu desenvolvimento associado aos usos da água e durante milênios o homem considerou-a um recurso infinito. Apenas há algumas décadas despertamos para a dura realidade de que, diante de maus usos como a poluição e o desperdício, por exemplo, os recursos naturais estão se tornando escassos e que é preciso acabar com a falsa idéia de que a água, não é inesgotável.

Embora exista muita água no planeta, o maior volume, 97,5%, está nos oceanos e é salgada: apenas 2,5 % é doce, mas está concentrada nas regiões polares, congelada.

Resta à humanidade 0,7% da água doce da Terra, armazenada no subsolo, o que dificulta sua utilização. Somente 0,007% está disponível em rios e lagos superficiais.


A Água Doce no Mundo

A ONU considera que o volume de água suficiente para a vida em comunidade e exercício das atividades humanas, sociais e econômicas, é de 2.500 metros cúbicos de água/habitante/ano. Em regiões onde a disponibilidade de água/habitante/ano está abaixo de 1.500 metros cúbicos, a situação é considerada crítica.
Nas áreas críticas, a disponibilidade de água por pessoa, por dia, é de 3 metros cúbicos. Em algumas regiões do Nordeste do Brasil a disponibilidade de água é de 3,8 metros cúbicos de água por dia. A medida de consumo de água/habitante/dia considerada ideal para regiões de clima tropical é de 200 litros.

África - 44 milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas não têm acesso à água. Das que vivem em zonas rurais, 53% (256 milhões), não contam com serviços de abastecimento de água. No total, 62% dos africanos não têm água. No que se refere a saneamento, 46 milhões não contam com este serviço nas zonas urbanas e 267 milhões na área rural. Ao todo, são 313 milhões sem infra-estrutura de saneamento.

Ásia - 98 milhões de pessoas estão sem acesso à água, nas zonas urbanas, e 595 milhões, ou cerca de 25% da população rural, também não contam com este serviço. Ao todo, são 693 milhões, ou 19% dos asiáticos sem serviço de abastecimento público. Em saneamento, são mais de 1,9 bilhão de pessoas não atendidas (52%), sendo 1,6 bilhão na área rural e 297 milhões nas zonas urbanas.

América Latina - 78 milhões de pessoas ou 15% da população não têm acesso à água. Em saneamento, a carência deste serviço atinge 22% da população e 51% dos moradores rurais. Ao todo 117 milhões de latino-americanos e caribenhos não têm acesso a serviços de saneamento.

Oceania - A totalidade dos habitantes das zonas urbanas têm acesso à água e somente 3 milhões, que vivem em áreas rurais, não contam com abastecimento. No saneamento são 2 milhões sem acesso.

Europa - apenas 0,5% dos habitantes das zonas urbanas não têm acesso à água. Na zona rural, há 23 milhões sem abastecimento, o que corresponde a 13% da população que mora no campo. Na área do saneamento, 8% dos europeus (55 milhões) ainda não contam com esse serviço.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

TERRA CRUA

Uso de terra crua como alternativa construtiva para habitações.

Caracterização do Problema
Alguns fatores representativos de nossa época: linhas de transmissão elétricas, sistemas de ar condicionado e frotas de caminhões que percorrem longas distâncias, seduzem arquitetos e construtores desviando-os da essência do regionalismo e interferindo na cultura construtiva local. Ainda assim, estes fatores permitem que uma arquitetura padronizada e inadequada consiga se sobrepor. Em comunidades onde materiais de construção manufaturados não são encontrados, a terra crua se mostra como matéria prima que permite a construção de abrigos cuja qualidade atende largamente aos usuários. Nos países industrializados, a terra crua foi suplantada por novos materiais de construção, muitos deles produzidos por meio de processos de manufatura altamente sofisticados, demandadores de energia e poluidores. Muitos destes materiais trazem consigo complicações técnicas, regionais e de conforto ambiental imprevisíveis. Como resultado, verifica-se um agravamento da crise de energia e a ameaça ao meio ambiente. A volta do uso da terra crua, convertida em paredes e consequentemente em habitação, pode minimizar estes problemas. O outro desafio é a busca de uma habitação de baixo custo e de boa qualidade, tanto do ponto de vista físico-estrutural como do conforto ambiental, o que implica em pesquisas de como proceder a substituição ou mesmo a compatibilidade deste material aos outros materiais de construção.

Justificativa
Valendo-se da construção em taipa (compactação de terra) com solos adequadamente selecionados, uma edificação pode durar vários anos como testemunham alguns sítios arqueológicos. Em virtude do déficit de moradias para populações menos favorecidas (nordeste e interior brasileiro), estas se utilizam da construção em taipa para amenizar este problema, construindo de forma precária e sem o devido cuidado técnico, o que acaba por estigmatiza-la como uma técnica de construção ligada a pobreza e disseminação de doenças (doença de Chagas). Apesar do preconceito em relação à construção com terra crua, esta técnica é capaz de criar ambientes extremamente eficientes em termos de energia, que praticamente eliminam a manutenção externa e que não agridem o meio ambiente. Devido a sua força de tensão relativamente baixa, as paredes de terra são construídas em espessura maior que 30 centímetros, o que aumenta a sua inércia térmica podendo resultar em menos desconforto térmico, tanto nas estações frias, quanto nas quentes. Usando a terra crua disponível no local, para construir as paredes, em vez de depender de materiais importados e/ou manufaturados, o componente energético incorporado à estrutura sofre uma redução significativa. A incorporação energética baixa traduz-se em reduções na poluição da água e do ar pela diminuição do processo industrial, despesas com transportes da fabrica à obra, desgastes dos mananciais, e nas principais despesas associadas à construção e operação de edifícios manufaturados. Com a difusão de habitações construídas com materiais duráveis a base de terra são identificáveis as seguintes vantagens:

A durabilidade leva à diminuição da manutenção;

Há uma redução da demanda de pintura e de outros acabamentos exteriores;

Há eliminação da necessidade de reconstrução da moradia por uma ou mais gerações;

ao término do ciclo de vida útil da edificação, a terra como material de construção é totalmente reciclável, resultando em um uso menos agressivo dos recursos naturais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

UMA ÁRVORE PARA CHAMAR DE SUA....



















A onda ecológica, que nos leva a todos a preocupar com o meio ambiente e com a preservação das árvores, é mais recente, mas isso não impede que há muitos anos pessoas venham se preocupando com isso. Alguns chegaram, inclusive, a plantar árvores e não o fizeram só em suas propriedades, mas em locais públicos.

É este o caso de um senhor que, quase diariamente, está no calçadão da Praia da Costa –
veja fotos – sempre próximo a uma bela castanheira, que oferece boa sompra aos que, durante o dia, correm do sol. A relação dele, de quem não sei o nome, com a árvore é interessante. Para começar, ele cuida dela.

E faz questão de dizer, para que todos ouçam, sobretudo as crianças que tentam nela subir, que a castanheira foi por ele plantada há muitos anos, emendando que é para ser apreciada, que não deve ser tocada, que não se pode tirar galhos ou folhas. Enfim, a árvore é dele e ele a chama de sua, tendo com ela uma relação possessiva, de ciúmes, que não permite ninguém se aproximar muito.

Sim, você pode usufruir da sombra. Mas não tente fazer mais nada, pois se o fizer, lá estar o “dono da árvore” para lhe lembrar que ela deve ser cuidada, preservada, e que isso deve ser feito por todos. Graças a esta postura, ficou conhecido e todos hoje o apontam. Alguns, é bem verdade, usam um tom jocoso, tratando-o no mínimo como um excêntrico, mas outros – e acho que é a maioria – o respeitam pelo seu devotamento à planta, que de pequena, quando ele a colocou na terra, transformou-se em uma exuberante castanheira.

Pense na cena. E imagine se todos nós tivéssemos, com as árvores e o meio ambiente o mesmo cuidado que ele, o “dono da castanheira” tem? Certamento não estaríamos vivendo essa reviravolta do tempo, não teríamos aquecimento global e, sobretudo, não teríamos o desmatamento irresponsável, como acontece não só no Brasil, mas também em várias outras partes do mundo.

Se somos capazes de gostar e defender uma árvore, também seremos capazes de fazer a defesa da natureza e do ser humano. A atitude do anônimo cidadão é um exemplo. Se todos a seguíssemos o mundo seria um lugar bem melhor.

sábado, 21 de novembro de 2009

A ESCOLA SUSTENTAVEL...

Livro de Lucia Legan é distribuído em escolas públicas de São Paulo.

O livro A Escola Sustentável, eco-alfabetizando pelo ambiente, maior referência em ensino sustentável no Brasil , será distribuído gratuitamente a mais de 5 mil professores da rede pública do Estado de São Paulo.

Em uma doação conjunta do Ecocentro IPEC, que cedeu os direitos autorais, e da Imprensa Oficial, que imprimiu os exemplares, o livro chega às mãos dos professores no início do ano letivo de 2010 e será usado nas aulas de meio ambiente do ensino fundamental, parte obrigatória do currículo desde 2007.

Lançado em 2004 e premiado na Bienal do Livro, A Escola Sustentável é um verdadeiro manual prático de reeducação escolar, mostrando soluções e práticas necessárias para a implementação de um modelo de educação sustentável. Através de questões totalmente inovadoras e interativas, crianças e adultos podem realizar atividades que proporcionam um novo espaço de aprendizado e relacionamento!

Prático, interativo e divertido, o livro serve de base também para o Habitats, Sua Escola Sustentável, programa de capacitação de professores e transformação do espaço escolar em “habitats de aprendizado”, adotado por prefeituras e escolas privadas de diferentes regiões do Brasil desde 2006. O programa foi certificado em 2007 pela Fundação Banco do Brasil como Tecnologia Social.

COMPOSTEIRA


Para a montagem da composteira doméstica, faça com os blocos de alvenaria quatro baias de um metro cúbico cada. No entanto, deixe a parte da frente mais baixa para facilitar a remoção da compostagem. Utilize a primeira baia para misturar o composto e vá, com o passar do tempo, colocando o material na segunda, terceira e quarta baias até poder utilizar o adubo na lavoura...
Espaço entre as leiras é fundamental para a revirada do composto

MATERIAL
• Palha (podem ser folhas de árvores, grama cortada, serragem, maravalha, galhos triturados etc)
• Esterco ou restos de comida
• Blocos de alvenaria
• Argamassa
• Pá
• Enxada
• Carrinho de mão

Processo de reciclagem de material orgânico é fácil de fazer, rápido e produz esterco de boa qualidade

Texto Gustavo Laredo
Ilustração Filipe Borin


A lata de lixo pode estar com os seus dias contados. É cada vez maior o número de produtores rurais que separam latas, papéis, vidros, embalagens de agrotóxicos para processos de reciclagem. Fossas negras estão sendo substituídas por equipamentos biodigestores. A preocupação com o meio ambiente faz sentido e tem uma via de mão dupla: além de preservar a natureza para as futuras gerações, pode gerar lucro. Só a reciclagem de sucata, por exemplo, movimenta cerca de 3 bilhões de dólares por ano no país.
No entanto, o lixo doméstico ainda está longe de ser reaproveitado. Com a capacidade esgotada, os lixões já não conseguem mais absorver a quantidade produzida pela população. Os resíduos orgânicos, como restos de comida, podem (e devem) ser utilizados como adubo na produção agrícola. E uma das maneiras de se fazer isso é por meio da construção de composteiras em propriedades rurais.

O processo é simples. Para o produtor que possui espaço e tem lixo orgânico de sobra, basta apenas construir leiras trapezoidais ou piramidais no solo, intercalando palha e esterco até formar uma pilha de 1,20 metro. Para quem tem uma área limitada, a construção de uma composteira de alvenaria é a melhor opção.

Composteira Caseira
Carolina Gurgel

Se você tem um jardim grande com um cantinho meio escondido na sombra e sem uso, aí vai uma boa dica:

Faça o seu próprio adubo vegetal, igualzinho, ou até melhor, que aqueles comprados em supermercados ou lojas especializadas, em sacos de 5 Kg.

É bem fácil (sem gastar nada):


Faça um buraco neste tal canto, do tamanho que você achar melhor, mas com profundidade suficiente para conter o material recolhido, isto é: grama cortada, folhas, pauzinhos secos, flores e galhos que foram podados ou murcharam e restos de cozinha que sejam orgânicos, como cascas e restos de frutas e verduras, pó de café, restos de comida etc.

Mas nada de plásticos ou vidros.


Vá colocando tudo neste buraco, regando de vez em quando sem encharcar. Cubra tudo com um plástico grosso, tomando o cuidado de prendê-lo bem com pedras ou varetas, para que não saia do lugar. De vez em quando (de dez em dez dias), dê uma revirada em tudo para misturar. Regue de novo e cubra.

Em um mês e meio, você deve conseguir um composto que parece uma terra escura, de cheiro agradável e ligeiramente úmido.

Aí está o seu próprio home-made adubo vegetal, excelente para vasos, canteiros, sementeiras ou qualquer outro uso no seu jardim.

Boa sorte!

Esta matéria foi fornecida pela senhora Carolina Gurgel, material retirado do Site www.garden.com.br

De acordo com o engenheiro agrônomo Raul Shiso Toma, a composteira não forma cheiro, pois se trata de um processo aeróbio. 'Caso isso aconteça é porque há algum problema, como excesso de umidade ou falta de oxigênio no interior da leira causada pela compactação do material', explica. Além disso, como não há odor, não há o surgimento de animais ou insetos, somente aqueles responsáveis pela decomposição da matéria orgânica.

O tempo médio de compostagem da leira varia de três a quatro meses dependendo das condições ambientais e das características dos materiais utilizados. O composto orgânico produzido pode ser reaproveitado em hortas, jardins, lavouras e no pasto. Além de adubo, o material serve como condicionador do solo.

...OUTRA FORMA DE FAZER...

Introdução

As plantas obtêm a maior parte de seus nutrientes do composto orgânico - húmus - ou seja, do material orgânico que se decompõe no solo. Ao adicionar mais húmus ao solo, mantendo uma composteira, você revitaliza seu jardim e pode reduzir em até 30% a quantidade de dejetos que vai para o aterro sanitário.

Os preparativos

•Se possível, faça a composteira perto da cozinha; assim fica mais fácil o descarte de restos de comida.
•Use, por exemplo, uma lixeira de plástico velha para fazer a composteira – uma opção fácil e econômica. Retire o fundo, finque a lixeira no solo e mantenha-a coberta com a tampa.
•Para ajudar na drenagem e fornecer acesso aos organismos do solo, posicione a lixeira numa área plana e bem drenada, de forma que ela fique em contato com a terra.

Custo baixo

Fazer seu próprio composto não custa muito e você não gasta com fertilizantes caros.

•Se você fizer sua própria composteira, construa uma estrutura de quatro lados, aberta no topo, com pelo menos um metro de altura. Um lado deve ser fácil de remover, para que você possa revolver a pilha e recolher o composto pronto.
•Se você decidir comprar uma composteira, opte por um misturador de plástico. É um tambor que, quando gira, oxigena o composto de forma bem eficiente. Um misturador cheio produz composto de boa qualidade rapidamente. Se você descarta com regularidade uma grande quantidade de material, compre um bem grande.
•Certifique-se de que sua composteira, misturador ou lixeira fique na sombra durante o dia, porque o húmus não deve ressecar com rapidez, nem a temperatura deve se elevar muito para que os organismos do solo não morram.

Problemas contornáveis

Sintoma Problema Solução
Cheiro de amônia
Excesso de nitrogênio.
Adicione mais carbono na forma de palha, jornais ou feno.

Cheiro de ovo estragado
Pilha muito úmida ou compacta.
Oxigene a pilha. Adicione mais material seco. Misture partículas pequenas com as grandes. Adicione cal e revire o material.

Decomposição lenta
Material muito seco ou pilha muito pequena. Pode ser por causa da falta de nitrogênio ou de oxigênio.
Adicione água. Faça uma pilha maior. Acrecente materiais ricos em nitrogênio, como restos de poda verdes e sobras de hortaliças. Oxigene regularmente.

Ratos e camundongos
Uso de material errado.
Não use carne, peixe ou pedaços de gordura. Construa uma lixeira à prova de roedores.

Vapor
Excesso de nitrogênio. Ou a pilha está muito grande para ser removida de forma apropriada, deixando o meio muito quente.
Adicione mais material rico em carbono (palha, feno ou serragem). Reduza o tamanho da pilha.

QUANDO ?...


Essa pergunta foi à vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ESGOTO....ENERGIA ELETRICA?

Matéria
Responsabilidade Social Pesquisa

Esgoto que vira energia elétrica
Projeto mostra viabilidade de geração de energia a partir do esgoto

A+ | A- | | Será possível? Gerar energia elétrica a partir do esgoto doméstico? É o que está fazendo projeto desenvolvido pelo CENBIO (Centro Nacional de Referência em Biomassa), do IEE (Instituto de Eletrotécnica e Energia) da USP (Universidade de São Paulo). O sistema, instalado no CTH (Centro Tecnológico de Hidráulica) da universidade, está transformando parte do esgoto produzido no CRUSP (Conjunto Residencial da USP) e no restaurante central da Universidade, em energia elétrica.

O sistema foi apresentado oficialmente em julho de 2005, ao término do projeto. Também foi tema de mestrado da engenheira química Vanessa Pecora e de trabalho de conclusão de curso do engenheiro mecânico Fernando Castro de Abreu, ambos pesquisadores do CENBIO. A partir do biogás obtido no tratamento do esgoto, o equipamento é capaz de gerar cerca de 14 quilowatt-hora (kWh) de energia, relativo à captação aproximada de 72 metros cúbicos (m3) diários do esgoto doméstico do CRUSP e do restaurante, produzido por cerca de 500 pessoas.

O sistema de tratamento do esgoto utilizando um biodigestor modelo Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente, mais conhecido como RAFA já estava instalado no CTH. O trabalho do CENBIO foi captar, purificar e armazenar o biogás em um gasômetro, que possui 10 m3 de volume útil, e transformar esse gás em energia elétrica. Segundo Castro de Abreu, ao todo, foram mais de três anos de pesquisas e instalação dos equipamentos.

Sistema viável

A pesquisa explica, porém, que o equipamento do CTH não pode ser utilizado em escala comercial. Segundo ela, eles conseguiram provar que a transformação do biogás em energia é possível. Para usá-lo em escala comercial, no entanto, o sistema teria de ser mais amplo. No município de Barueri, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), chegou a implantar um sistema semelhante.

A engenheira química destaca o baixo custo do gás combustível. "Trata-se de um gás que é normalmente desprezado ou é emitido diretamente na atmosfera, agravando o impacto ambiental", avalia. A captação obtém cerca de 3m3 de esgoto por hora. Após as etapas de filtragem em que são retirados sólidos, materiais oleosos e graxas dos dejetos, o esgoto é encaminhado para o biodigestor (RAFA) que opera sem a presença de oxigênio. O RAFA tem seis metros de altura e comporta um volume de 25 m3 de esgoto. "Os materiais sólidos, oleosos e graxas são encaminhados a um sistema de compostagem", explica Vanessa.

Após um tempo denominado TRH (Tempo de Retenção Hidráulica) de cerca de 8 horas, o biogás obtido do tratamento anaeróbio do esgoto é captado na parte superior do biodigestor e encaminhado ao sistema de purificação, onde ocorre a remoção de umidade e do ácido sulfídrico (H2S). Em seguida, o biogás é armazenado no gasômetro e utilizado como combustível no grupo gerador. "A capacidade do gerador é de produzir até 14 kWh. Nosso sistema atinge, no momento, 2,4 kWh", diz a engenheira. Um painel composto por lâmpadas e resistências, instalado ao lado do gerador, mostra os resultados da energia gerada pelo sistema. Segundo Vanessa, a idéia é dar continuidade às pesquisas e tentar buscar recursos junto a instituições financiadoras para aperfeiçoamento do projeto.

Com informações da USP

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BOM DIA NATUREZA...




A CADA DIA...
QUANDO ACORDO...
E AINDA VEJO PELA JANELA...
UMA PAISAGEM MARAVILHOSA COM MONTANHAS...
PÁSSAROS CANTANDO...
AGRADEÇO A DEUS POR AINDA EM TEMPO...
PODER COLABORAR PARA QUE ESSE CENÁRIO NUNCA ACABE...
ESTOU FAZENDO MINHA PARTE...
E VOCÊ?
SERÁ QUE PODE ME AJUDAR?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

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Ambientalistas protestam contra revisão do Código Florestal
Trinta e sete organizações ambientalistas e movimentos sociais assinam documento protestando contra a revisão do Código Florestal, que será analisada por comissão instalada na Câmara dos Deputados, presidida e relatada por parlamentares ligados a interesses ruralistas.
Em nota divulgada hoje (27), as entidades criticam a composição da comissão, “notadamente tendenciosa”, de acordo com o manifesto, e aponta os riscos para a legislação ambiental diante da perspectiva de flexibilização de regras como a da obrigatoriedade de reserva legal e a punição para quem já desmatou.
De acordo com as organizações, entre elas o Greenpeace, a WWF, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), nos últimos meses “o governo brasileiro e o Congresso Nacional tomaram decisões temerárias sobre a legislação ambiental”, entre elas a aprovação da Medida Provisória 458, que facilitou a regularização fundiária na Amazônia e as mudanças na lei de proteção de cavernas.
A posição brasileira na negociação de um novo acordo climático global, em dezembro, durante a Conferência das Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, pode ficar comprometida se a legislação ambiental for desfigurada, na avaliação das entidades.
“É inaceitável que às vésperas da reunião da convenção do clima, momento em que o Brasil discute os compromissos de redução do desmatamento e das emissões de gases causadores de efeito estufa, o Congresso Nacional tente promover retrocessos na legislação ambiental”, diz o texto.
A briga pelo novo código não está restrita ao Congresso. No governo, os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura ainda não se acertaram sobre as mudanças na legislação. Apesar de consensos como a possibilidade de somar áreas de preservação permanente a reservas legais em pequenas propriedades, o Meio Ambiente não aceita anistiar quem já desmatou, proposta defendida pela Agricultura. Na próxima semana, as pastas devem se reunir com a Casa Civil da Presidência da República para tentar acertar o discurso. (Fonte: Agência Brasil)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ANAB.

A ANAB nasce em 1989 a fim de tentar dar uma resposta global ao estado de degradação e destruição progressiva do meio-ambiente. Tem por objetivo propor uma releitura radical da Arquitetura baseada na ética e na sustentabilidade, e restituir ao ponto central do percurso de pesquisas culturais, profissionais, tecnológicas, projetuais de quem faz da Arquitetura o conhecimento de trabalhar para o homem e sua saúde psicofísica, de agir para o equilíbrio do meio-ambiente.

Quem faz Arquitetura tem uma grande responsabilidade no confronto dos seres vivos. Propomos uma Arquitetura que recomece a aprender da natureza os métodos, os ritmos, os percursos a fim de construir os lugares onde vivemos melhores, cidades mais saudáveis mais belas, um ambiente que recomece a tender ao equilíbrio.

O logo da ANAB, que tem um merecido reconhecimento, é uma feliz elaboração gráfica das pinturas rupestres dos camunes (antigo povo de Val Camonica – Torino - Itália) e representa a casa como o arquétipo da vida humana em acordo com a natureza. A casa é ao mesmo tempo árvore, sol, homem.

Construir e habitar

Cada atividade construtiva é fundamentalmente um ato de violência contra a natureza. Ao construir nós devemos estar atentos a "fazer a mediação" entre nossas exigências efetivas e o respeito ao ambiente entendido no sentido mais abrangente (natural, construído, social, histórico, psicossomático...).

O habitar nos envolve também como o usuário consciente da casa. O "high tech", a eletrificação excessiva, a "inteligência" de nossas casas representa um realmente progresso? Este progresso não é também a causa de nossa degradação?


A casa ecológica

A casa é sempre o lugar que nos permite proteção e amparo contra os agentes atmosféricos e as agressões do mundo externo, agressões naturais no passado (clima, animais, inimigos...), cada vez mais artificiais hoje (poluição, stress, ruído, pobreza social...).

A casa e o ambiente são cada vez mais artificiais e dependentes de um processo tecnológico distorcido, tumultuado e rapidíssimo que fez com que na Itália tenha sido construído nos últimos 60 anos mais do que tudo o que foi construído nos 5000 anos precedentes.

O estado da degradação ambiental resultante destes 60 anos da atividade frenética é reconhecido por qualquer um e exige uma mudança de rota urgente que continue a garantir o desenvolvimento social e econômico da sociedade colocando, no entanto, em primeiro lugar a qualidade em relação à quantidade.

A casa ecológica é a casa sem emissões, que não consome energia e que otimiza o uso dos recursos naturais e renováveis. A casa não sustentável consome os recursos naturais de maneira linear produzindo resíduos e poluição; a casa ecológica, ao contrário, utiliza os recursos de maneira integrada aos ciclos da natureza, sem causar danos.

Há anos nós tentamos evidenciar a conveniência também econômica dos investimentos na casa ecológica. De fato, a primeira vila ecológica em Tubinga foi construída por uma agência de seguros; uma outra vila perto de Viena foi construída por um importante grupo bancário austríaco.

Na Europa Central a tendência do mercado da construção civil é cada vez mais é orientado ao ecológico e as companhias de seguro têm farejado o negócio que representa uma casa ecológica: a casa saudável representa também uma apólice de vida mais remunerativa!

Construir de maneira bioecológica significa fazer a medicina preventiva e investir de maneira inteligente. Construir de maneira convencional torna-se, pela força das coisas, mais e mais irresponsável e antieconômico.

Arquitetura, empreendedorismo, sustentabilidade e ética

Construir de maneira sustentável impõe a todos os envolvidos, do projetista ao usuário, do administrador público ao empresário, do produtor ao varejista, um forte empenho ético e um profissionalismo adequado.

O impacto ambiental da indústria da construção civil se explicita em:

1 - Ocupação territorial e a conseqüente poluição urbana, hoje injustificável com a estabilidade demográfica de mais de um decênio na Europa.

2 - Uma forte periculosidade das técnicas construtivas e dos materiais utilizados há algumas décadas na construção: milhares de produtos cada vez mais sintéticos a base de substâncias petroquímicas de reconhecida toxicidade que tornam o canteiro de obras uma instalação produtiva de alto risco.

3 - Um consumo descontrolado de recursos não renováveis, em particular petróleo e água (cerca de 50% dos recursos extraídos da natureza são destinados, na Europa, à indústria da construção civil).

4 - Um maciço consumo de energia de origem fóssil (cerca de 45% da energia produzida na Europa é utilizada no setor construtivo).

5 - Uma produção de poluição atmosférica crescente e responsável pelos fenômenos de poluição global como o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio (cerca de 50% da poluição atmosférica é produzida na Europa pelo setor construtivo).

6 - Uma produção maciça de escórias e refugos (cerca de 50% dos refugos produzidos anualmente em Europa provêm do setor construtivo, na Alemanha chega a 70%).

Em face desses dados, torna-se evidente que as escolhas que cada dia a administração pública de centenas de pequenos e grandes municípios na Itália realizam por meio da atividade profissional de milhares de técnicos e operários tornam-se fundamentais. Estas escolhas exigem uma postura diferente de responsabilidade ética nos setores que determinam a qualidade do meio-ambiente.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ECOLOGIA HUMANA

“Gentileza gera gentileza”

Gentileza gera gentileza? Definitivamente, sim. A ciência vem conseguindo provar que as sutis energias do amor são muito mais poderosas e construtivas do que o ódio e seus derivados. O que antes pertencia ao reino da poesia agora começa a ser tratado com a devida atenção pela ciência, a ponto de merecer status próprio.
Estamos falando em Ecologia Humana, uma ciência nova e transdisciplinar que estuda as relações de convívio doshomens entre si e com seu meio ambiente, incluído o natural.

A Ecologia Humana tem muito a contribuir com as bases teóricas do desenvolvimento sustentável, uma vez que, sem sustentabilidade nas relações humanas, se torna impossível vislumbrar esse aspecto em qualquer outro âmbito.
A partir desta edição, a Newsletter Ecofuturo vai abordar o tema da Ecologia Humana de muitas maneiras, a começar pela idéia de gentileza. Por que gentileza? Porque a gentileza pode funcionar como uma “cola” que sustenta as relações, não apenas entre humanos, mas entre todos os seres vivos. Buscaremos referências teóricas em filósofos, escritores, físicos e cientistas sensibilizados pelo tema e também nos anônimos do dia-a-dia. Mostraremos ainda exemplos práticos, de casos reais em que uma simples gentileza desencadeou uma corrente positiva.

Essa foi a idéia defendida pelo criador da frase “Gentileza gera gentileza”, José Datrino (1917–1996), carioca que deixou a vida de empresário para pregar a gentileza, ficando conhecido como Profeta Gentileza. O que ele pregava era simples, mas de enorme complexidade, dada a incrível dificuldade que o ser humano tem de despretensiosamente ser gentil com o outro.

Praticando a gentileza

Para estrear a série “Ecologia Humana”, conversamos com a bióloga Rita Mendonça, que trabalha na área de Educação Ambiental com pessoas que buscam inspiração na gentileza – traço observável em todos os elementos da natureza, com exceção do homem, infelizmente!

Rita Mendonça é um exemplo perfeito de walk the talk, ou seja, de quem pratica o que fala. Ela tem a voz doce e calma, mantendo o tom abaixo do comum, em uma performance lapidada pelo contato freqüente com a natureza. Falar em voz alta no meio da mata pode espantar os pássaros, assim como pisar sem cuidado pode significar a morte para uma comunidade de formigas. Diretora-presidente do Instituto Romã, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que trabalha pela ecologia humana, Rita acredita que a cortesia e a educação podem fazer a diferença na construção de um mundo melhor. “Gentileza não é só dizer ‘bom dia’, ‘por favor’ e ‘obrigado’. Cuidar do meio ambiente e da cidade e respeitar as diferenças também é ser gentil”, afirma

Homem e natureza

Rita Mendonça é conhecida pelas “caminhadas filosóficas”, ocasiões em que leva pessoas para a natureza a fim de desenvolver conceitos como afetividade e inclusão. “Acredito que a modernidade construiu seres humanos distantes uns dos outros e até de si mesmos. Isso gera individualismo e competitividade desenfreada”, analisa Rita, que, por intermédio de cursos e treinamentos do Instituto Romã, aplica o Aprendizado Seqüencial, programa inspirado na organização americana Sharing Nature Foundation. Educadores, funcionários do governo, terceiro setor e profissionais de Psicologia são o público-alvo. “A ecologia tradicional estuda apenas plantas e animais; já a Ecologia Humana inclui o ser humano nos processos ecológicos, uma vez que faz parte da natureza e não se sustenta sozinho”, afirma. Os treinamentos são realizados em parques, áreas de conservação ambiental do governo ou até particulares, como o Parque das Neblinas. Segundo Rita, a troca de energia durante a comunicação estabelecida entre o visitante e a natureza é capaz de combater doenças causadas pelo ritmo incessante da vida contemporânea, como depressão, info-estresse e déficit de atenção. Afinal, como não prestar atenção na mini-orquídea orgulhosamente hospedada na gigantesca palmeira? Como ficar deprimido diante da profusão de vida e cores gentilmente oferecida a quem se permite ver?
O conceito de Ecologia Humana tem literatura escassa no Brasil, mas os livros Nossa vida como Gaia, de Joana Macy, e Conservar e criar – Natureza, cultura e complexidade, da própria Rita, por exemplo, desenvolvem o tema, que propõe a interdisciplinaridade. O objetivo é atender a escolas tão diversas quanto Filosofia, História, Antropologia, Economia, Pedagogia, Psicologia e Sociologia. De acordo com Edgar Morin, filósofo e teórico presente entre os autores estudados, “todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana”*. Traduzindo em palavras, parece fácil, mas o que fazer para conquistar “autonomia individual”? Em que momento essa autonomia se confronta com a ética coletiva? Perguntar é preciso e já constitui um bom começo. Como dizia Pitágoras, “o começo é a metade do todo”.

sustentax

Muitas empresas ainda não se deram conta de que daqui para frente, não bastará ter produtos e serviços de qualidade, a bons preços e oferecidos com bom atendimento. Será preciso, também, que esses sejam percebidos como tendo sido produzidos por uma empresa responsável com as questões sociais e ambientais. Como diz Philip Kotler, os consumidores julgarão, cada vez mais, as companhias por seu desempenho com respeito ao uso sábio e eficiente dos materiais e dos processos de produção.

A equação é clara, a maioria das empresas ainda não despertou ou não sabe como trabalhar essa nova exigência do mercado consumidor, especialmente no Brasil onde 92% da população se diz preocupada com as conseqüências das mudanças climáticas. É bom ressaltar que o conceito de sustentabilidade não deve ser confundido ou usado como sinônimo de ecológico. Entre um e outro, são várias as diferenças, todavia nada impede que produtos ecológicos sejam sustentáveis, desde que fabricados por empresas que possuam ações sociais e ambientais relacionadas aos seus negócios, preocupadas com o planeta, com seus colaboradores e consumidores e que seguem princípios éticos e de justiça.

De um lado, consumidores exigentes e preocupados com as mudanças climáticas do planeta. Do outro, empresas buscando inovação, resultados positivos e novos mercados. É fácil constatar e as pesquisas comprovam, enquanto 52% dos consumidores estão dispostos a comprar produtos de fabricantes que não agridem o meio ambiente mesmo que sejam mais caros (de acordo com pesquisa IBOPE, set/2007), 76% das empresas admitem que não conhecem as preocupações de seus clientes com responsabilidade socioambiental (dados IBM, jan/2008).

É incontestável que os consumidores brasileiros estão entre os mais prezam as questões ambientais. Na pesquisa Pew Research Center, divulgada em novembro de 2008 e realizada mundialmente, eles são os mais preocupados com o aquecimento global. E eles também sinalizam, por mais de 60%, que é papel da grande empresa colaborar, ativamente, para o desenvolvimento da sociedade, como indica a pesquisa realizada pelos institutos Akatu, de consumo consicente, e Ethos, de empresas e responsabilidade social.

A conjuntura é absolutamente favorável para as empresas buscarem um novo diferencial competitivo e a preferência dos consumidores, incorporando em seu planejamento estratégico a ética, adotando práticas de sustentabilidade e excluindo da sua cadeia de fornecedores os que não estejam fundamentados em responsabilidade social, planetária e empresarial.

Nesta tendência, de acordo com pesquisa TNS, de 2008, 95% dos brasileiros aprovariam que o setor varejista realizasse uma seleção prévia de produtos, excluindo das gôndolas aqueles produtos que agridem o meio ambiente ("choice editing“). O número está acima da média mundial, de 71%.

O que as empresas estão fazendo para atender o desejo do consumidor no sentido de colaborar de forma objetiva e genuína a construir um mundo melhor?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PROTOCOLO DE QUIOTO


Assinado em 1997, o protocolo visa organizar de forma global os esforços para a diminuição do impacto ambiental das emissões de gases na atmosfera
Redação Portal CONPET
30/08/2005
O Protocolo de Quioto é um tratado ambiental que tem como objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera e assim reduzir o aquecimento global e seus possíveis impactos. É considerado o tratado sobre meio ambiente de maior importância lançado até hoje.

O acordo foi assinado em 1997 na cidade japonesa de Quioto e aberto à adesão dos países-membro da Convenção. Antes disso, uma série de negociações já vinham sendo feitas desde a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que aconteceu em Nova York, em 1992.

O tratado visa a diminuição da emissão dos seguintes gases, que colaboram para o agravamento do efeito estufa: perfluorcarbono, hexafluoreto de enxofre, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbono e dióxido de carbono.
Em vigor
Foi estabelecido que o Protocolo de Quioto passaria a vigorar 90 dias depois que ocorresse a adesão de, no mínimo, 55 países ao tratado que correspondessem a pelo menos 55% das emissões globais de dióxido de carbono, com base nas emissões registradas em 1990.
Por que
Desde a Revolução Industrial, com o emprego de máquinas de produção em larga escala que substituíssem o trabalho manual, a atmosfera tem sofrido um acúmulo de gases resultantes sobretudo da queima de combustíveis fósseis. Esse acúmulo de gases vem agravando o que se conhece por efeito estufa, que pode ocasionar catástrofes naturais de grandes dimensões.
Como funciona
Os países signatários do Protocolo de Quioto foram divididos em dois grupos, de acordo com seu nível de industrialização: Anexo I – que reúne os países desenvolvidos – e não-Anexo I – grupo dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil. Cada grupo tem obrigações distintas em relação ao Protocolo.

Os países desenvolvidos que ratificaram o tratado têm o compromisso de diminuir suas emissões de GEE numa média de 5,2% em relação aos níveis que emitiam em 1990. E têm um prazo final para cumprir a meta: entre 2008 e 2012.
Já os países do não-Anexo I, como não atingiram determinado índice de desenvolvimento, não têm metas. Eles podem auxiliar na redução de emissão desses gases, embora não tenham um compromisso legal de redução até 2012. Essa redução de emissões pode ser feita através de projetos devidamente registrados que comercializem Certificados de Emissões Reduzidas (CERs) de projetos.

Mecanismos de Flexibilização

Para que haja cumprimento da redução de emissões de GEE, o Protocolo propõe três Mecanismos de Flexibilização: Implementação Conjunta, Comércio de Emissões e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

A Implementação Conjunta diz respeito apenas aos países desenvolvidos. Acontece quando dois ou mais deles implementam projetos que reduzam a emissão de GEE para posterior comercialização.

O Comércio de Emissões existe quando um país do Anexo I, também desenvolvido, já reduziu a emissão de GEE além da sua meta. Assim, ele pode comercializar o excedente com outros países do Anexo I que não tenham atingido sua meta de redução.

Já o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), de autoria da delegação brasileira, possibilita a participação dos países em desenvolvimento no tratado. Eles podem vender créditos, de projetos que realizam, para países desenvolvidos – que podem, assim, alcançar suas metas de redução.
Para quem
O Protocolo estabelece que os países signatários tenham responsabilidade comum diante do problema, mas que esta seja diferenciada. Por isso os países foram divididos em dois grupos: o primeiro (Anexo I) com compromissos legais de redução de emissões entre 2008 e 2012; o outro (não-Anexo I ), sem esse compromisso. No entanto, este segundo grupo pode auxiliar o primeiro a alcançar suas metas de redução (com projetos de mitigação de gás carbônico) além de caminhar para um desenvolvimento sustentável. O resultado final deve beneficiar à sociedade e ao meio ambiente.
Não cumprimento de metas
O Protocolo de Quioto já foi ratificado, isto é, transformado em lei. Assim, os países que não cumprirem suas metas de redução estarão sujeitos a penalidades. Terão de prestar contas às Partes da Conferência, podendo ser excluídos de acordos comerciais ou ter a sua meta de redução multiplicada por 1,3 para o próximo período, que deve ter início em 2013.
Expectativa
O Protocolo de Quioto é o primeiro passo, indispensável, para a conscientização global no combate das mudanças do clima. Alguns cientistas alegam que a entrada em vigor do tratado não reverterá o aquecimento global, até mesmo porque os Estados Unidos, país que mais emite GEE no planeta, não aderiu ao Protocolo. No entanto, trata-se ainda do primeiro período de contabilização dos ganhos que se pode ter com a adoção do tratado.

O Protocolo para os Estados Unidos

Os Estados Unidos representam 36% das emissões de GEE dos países do Anexo I. Também representam 25% de todas as emissões globais. Seu padrão de consumo de combustíveis fósseis os levou à não ratificação do Protocolo. No entanto, mesmo com o fato de o governo se posicionar contrariamente ao tratado, muitas iniciativas vêm sendo tomadas paralelamente. De acordo a matéria publicada no Jornal do Brasil (em 16 de fevereiro de 2005), a Casa Branca pretende gastar US$ 5 bilhões em 2005 no desenvolvimento de novas tecnologias para o auxílio no combate ao aquecimento global.
O Protocolo para o governo brasileiro

Embora tenha uma matriz energética considerada limpa (3/4 da energia elétrica consumida é proveniente de hidrelétricas, que emitem pouco carbono) e esteja enquadrado como país do não-Anexo I( não tem metas de redução de emissões para o primeiro período de compromisso), o governo brasileiro tem participado de maneira ativa, contribuindo com conceitos e ações concretas.

Originou a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), derivado do Fundo de Desenvolvimento Limpo. Por ele, os países de grande emissão que não conseguissem reduzir suas metas deveriam dispor de uma verba para este fundo. É o princípio do “poluidor-pagador”. O Brasil foi também o primeiro país a ter um projeto de MDL aprovado pela Conferência das Partes.

O Protocolo para a PETROBRAS S.A.

A Petrobras atua em mais de dez países, dentre eles, Estados Unidos, China e México, nas atividades de refino, comercialização, exploração, produção, distribuição, escritório de representação, distribuição de gás e energia. Como maior empresa brasileira de energia e uma das maiores do mundo a Petrobras sente-se compromissada em garantir um uso racional e eficiente de seus produtos. Embora cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil sejam provenientes de queimadas e desmatamentos, a Petrobras se preocupa com o uso racional de seu combustível. Tanto que apóia um programa nacional, criado pelo Ministério de Minas e Energia, de racionalização do uso de derivados de petróleo e do gás natural, o CONPET. Este programa abrange uma série de projetos que visam o uso eficiente de combustíveis, além da conscientização de uso a aproveitamento de nossos recursos.

A Petrobras deixou de ser exclusivamente uma empresa de petróleo para se tornar uma empresa de energia. Vem destacando uma importância cada vez maior na área de geração de energia proveniente de fontes limpas como o Sol e o vento.

O Protocolo para o CONPET
A maioria dos projetos desenvolvidos pelo CONPET visa, de alguma forma, uma redução nas emissões de gases de efeito estufa. Os projetos Economizar, Ecoptimizar, Petrobras Ônibus a gás, Transportar e programa de etiquetagem trazem uma contribuição real que vem se expandindo e ganhando força à medida que são desenvolvidos. O CONPET dá o primeiro passo demonstrando ser possível um desenvolvimento sem que haja regressão na qualidade ou quantidade de consumo de um produto ou serviço. O Projeto Petrobras Ônibus a Gás, por exemplo, pode ser um incentivo para que frotas inteiras de ônibus de uma cidade, anteriormente movidos a diesel, sejam convertidas para gás natural. Essa conversão, por conta de uma redução na emissão de gases de efeito estufa, pode valer créditos de carbono para uma futura comercialização no MDL. Benefício duplo: uso de um combustível mais limpo, ajudando o meio ambiente e possibilitando um ganho adicional com a comercialização de créditos de carbono.

domingo, 11 de outubro de 2009

XILOTECA INST. DE PESQUISAS JARDIM BOTÂNICO...

Xiloteca


Coleção Científica de Madeiras

Listagem das espécies registradas

A estrutura anatômica da madeira contribui significativamente para o reconhecimento de árvores e arbustos para fins de pesquisas taxonômicas ou filogenéticas, principalmente quando o material reprodutivo (flores e/ou frutos) é ausente ou escasso. Neste contexto, as xilotecas representam uma importante fonte de informação para o pesquisador, fornecendo possiblidades de identificação e resgate de dados sobre procedência, coletores etc.

História da Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Os primeiros relatos sobre a existência de uma coleção de madeira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro são de Barbosa Rodrigues, que reuniu amostras doadas pelo Imperador D. Pedro II a outras amostras de madeira encontradas no próprio Jardim Botânico, sem qualquer tipo de organização. Essas madeiras constituíram parte da primeira coleção do Museu Botânico, criado em 1890 (Decreto 518 – 23 de junho de 1890). Infelizmente, não existem registros dessas históricas amostras na Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Ao que tudo indica, a coleção de madeiras do Museu Botânico foi enriquecida ao longo dos anos por coletas dos naturalistas viajantes, cargo criado no Jardim Botânico em 1890 (Decreto 518 – 23 de junho de 1890). A coleção atual não guarda qualquer registro dessas coletas, visto que muitas das madeiras registradas não possuem informações sobre o coletor ou a data de coleta. Os registros mais antigos da Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro são provenientes de coletas de destacados pesquisadores do Jardim Botânico da primeira metade do século XX, como Adolpho Ducke, Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade, Occhioni e outros.

A Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como hoje é conhecida, foi iniciada oficialmente em 1942. Seu primeiro registro é referente a Dyctioloma incannescens DC., Rutaceae, coletada por Kuhlmann em março de 1939. Como existem muitas amostras coletadas em datas anteriores e praticamente todos os documentos que normatizam as funções do Jardim Botânico no início do século fazem referência à presença de amostras de madeira como parte do acervo, pode-se deduzir que a atual coleção resulta de uma fusão de coleções preexistentes, provavelmente mantidas pelos anatomistas da madeira que trabalharam nos antigos Instituto de Biologia Vegetal e no Serviço Florestal. A amostra de madeira mais antiga da coleção é Peltogyne campestris Ducke coletada por Ducke no Pará em 19 de abril de 1911.

O período compreendido entre 1918 e 1966 representa a fase áurea dos estudos anatômicos da madeira no Jardim Botânico. Alberto Löfgren, contratado em 1918, foi o primeiro pesquisador da casa a realizar trabalhos de anatomia de madeiras. Na década de 20, o laboratório de anatomia foi organizado pelo eminente microscopista Luiz Gurgel, que permitiu a realização de trabalhos de microscopia óptica mais acurados. Em 1931, Fernando Romano Milanez e Arthur de Miranda Bastos, pesquisadores da casa, foram sócios fundadores da International Association of Wood Anatomists, associação que até hoje congrega os anatomistas da madeira do mundo todo. Dentre outras atividades por eles desenvolvidas, merecem destaque a tradução das primeiras normas para descrição de madeiras e a organização, em 1936, da primeira reunião de anatomistas da madeira, que contou com participantes do Brasil e do exterior. No início dos anos 60, foi montado um laboratório de microscopia eletrônica no Jardim Botânico por Raul Dodsworth Machado, que se dedicou junto com o dr. Milanez aos estudos de citologia vegetal das madeiras brasileiras. A intensa atividade e a constante discussão dos temas ligados à anatomia da madeira, com pesquisadores nacionais e internacionais, provavelmente influenciaram a na criação de uma coleção de madeiras com informações mais precisas sobre os locais de coleta, datas etc. O pesquisador Armando de Matos Filho foi o responsável por executar essa nova organização da coleção, criando os arquivos e registrando as amostras de madeira. A grande maioria das fichas do arquivo atual foram confeccionadas de seu próprio punho.

Pode-se dizer que os anos 70 marcaram o período de decadência da anatomia da madeira no Jardim Botânico. Durante esses anos a instituição contou apenas com os pesquisadores Armando de Mattos Filho e Paulo Agostinho de Mattos Araújo, que mantiveram as pesquisas e a coleção, porém sem a mesma intensa atividade das décadas passadas. Até 1983, todas as informações referentes às madeiras da Xiloteca estavam encerradas em fichas reunidas em arquivos, o que resultou no extravio de informações sobre cerca de 100 amostras. Nessa época, a coleção passou a ser coordenada pela dra. Cecília Gonçalves Costa, que criou o seu livro de tombo, resgatando informações de todas as fichas já registradas. Foi a dra. Cecília a grande idealizadora da revitalização da coleção no final dos anos 80, desempenhando papel preponderante na formação dos pesquisadores que hoje da atuam no Programa Mata Atlântica, desenvolvendo pesquisas em anatomia vegetal. Essa equipe reimplantou na instituição a linha de pesquisa em anatomia da madeira em um momento em que o Jardim Botânico, há quase 5 anos, já não contava com essa especialidade devido à aposentadoria do Dr. Armando de Matos Filho e à morte do Dr. Paulo Agostinho de Mattos Araújo.

Atualmente a Xiloteca possui cerca de 8200 amostras de madeira de 160 famílias e aproximadamente 35.000 lâminas obtidas de 2200 indivíduos. A coleção está organizada em armários de aço por ordem numérica de registro e suas respectivas fichas ordenadas de duas formas: (1) de acordo com o registro numérico das amostras e (2) em ordem alfabética de famílias taxonômicas. Existe ainda um registro numérico das lâminas histológicas.

Ao longo destes anos, a Xiloteca também tem recebido muitas doações e permutas, que merecem destaque por proporcionarem o enriquecimento da coleção com amostras exóticas ou de outras regiões do Brasil. O maior número de amostras doadas (978) é proveniente da Xiloteca de Yale, com madeiras do mundo todo, coletadas no período de 1929 a 1945. Muitas dessas amostras foram utilizadas pelo anatomista da madeira Samuel J. Record para a confecção das chaves de identificação de seus livros. A Xiloteca possui ainda uma coleção de 44 madeiras coletadas por Paulo de Campos Porto em 1948, especialmente para a confecção das famosas chaves de Record, publicadas em Tropical Woods. Existem ainda doações do Smithsonian Institute, com 427 amostras das Américas coletadas em 1961; 185 amostras coletadas por B. A. Krukoff no Amazonas, doadas pelo Museum of Natural History e pelo U. S. National Herbarium, e doações do New York Botanical Garden de coletas realizadas no Pará e Amapá no período de 1961 e 1963 com cerca de 267 amostras.

A Xiloteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro possui maior representatividade para os estados da Região Norte do Brasil, o que reflete os interesses dos pesquisadores da instituição, principlamente até a década de 70. Atualmente, a tendência da coleção continua sendo a regionalização dos registros oriundos de viagens de campo, voltadas porém neste momento para o Estado do Rio de Janeiro e as diferentes formações vegetais que integram a Floresta Atlântica. Esta regionalização é de certa forma atenuada com a permuta de amostras com instituições congêneres nacionais e estrangeiras, que contribuem para o enriquecimento da coleção.

Listagem das amostras de madeiras e


lâminas da Xiloteca do Jardim Botânico



RBw Lâmina

Acanthaceae
Beloperone 4660 1
Bravaisia integerrina 1065
Trichanthera gigantea 755 2
Trichanthera gigantea 4345
Trichanthera gigantea 4822
Aceraceae
Acer 682
Acer campestre 5932
Acer ginnala 5741
Acer ginnala 7002
Acer glabrum ssp. douglasii 6036
Acer macrophyllum 1477 1456
Acer macrophyllum 4012
Acer macrophyllum 5922
Acer manshuricum 7009
Acer mono 7003
Acer negundo 5742
Acer nigrum 5743
Acer platanoides 1728
Acer platanoides 3904
Acer platanoides 5931
Acer psedoplatanus 6917
Acer pseudo-sieboldianum var. koreanum 7007
Acer rubrum 4033
Acer rubrum 1306
Acer saccharinum 1307
Acer saccharinum 5744
Acer saccharinum 3908
Acer saccharinum 1475
Acer saccharinum 1476
Acer saccharinum 1478
Acer saccharinum 3892
Acer saccharinum 3909 4
Acer saccharinum 3962
Acer saccharinum 1474

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ECOCIDADES


Bicicletas chegando na cidade....

Na chamada Linha Verde, 22 quilômetros de ciclovias (rosa) serão instalados. Imagem: Secretaria de Transportes do GDF
Este mês o governo do Distrito Federal deve assinar contrato com uma empresa privada para a instalação de cinqüenta praças com bicicletas públicas. O modelo será semelhante ao de cidades como Rio de Janeiro, Recife e Barcelona (Espanha). Cada usuário deverá se cadastrar e poderá escolher planos anuais, semestrais, semanais ou diários de aluguel e pedalar livremente pela cidade, buscando ou deixando as magrelas em cada estação. Também poderão ser realizados pagamentos por tempo de uso.
Depois de assinar a papelada, a empresa terá três meses para iniciar a instalação dos equipamentos. A região central de Brasília será a primeira a ser contemplada, com onze praças. Em seguida, virão a Asa Sul, o Parque da Cidade, Asa Norte, Águas Claras, Taguatinga e Ceilândia. O período total para implantação do projeto é de 15 meses.
Fonte: Secretaria de Transportes do GDF
Conforme a Secretaria de Transportes do Distrito Federal, nos últimos dois anos a região ganhou 44 quilômetros de ciclovias, nas cidades e bairros de Samambaia, Itapoã, Jardim Botânico/São Sebastião, Varjão/Paranoá e DF001/Barragem Paranoá. Mais 130 quilômetros de ciclofaixas são construídos no Lago Sul, Lago Norte, DF079, DF459, DF150 e EPTG. Outros oitenta quilômetros estão em projeto. Até o final de 2010, aposta o governo, devem ser concluídos 300 quilômetros de ciclovias. Mais detalhes sobre a iniciativa aqui.
Saiba mais

Um dia (mais ou menos) sem carro

Magrelas, gratuitas e eficientes

Ciclismo

Pedestres agradecem planejamento urbano

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PNUMA

PNUMA é a sigla em português do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (em inglês, United Nations Environment Programme – UNEP). Sediado em Nairóbi, no Quênia, o programa foi criado pelas Nações Unidas em 1972, atendendo a proposta da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada naquele ano em Estocolmo, na Suécia.

O PNUMA tem como missão liderar e encorajar parcerias ambientais, inspirando, informando e preparando povos e nações para melhorar sua qualidade de vida sem prejudicar a das gerações futuras.

O PNUMA objetiva equilibrar interesses nacionais e globais, buscando convergências em relação a problemas ambientais comuns. Como única instituição dentro do sistema das Nações Unidas que trata exclusivamente de assuntos ambientais, o PNUMA atua como catalisador de ações que estimulem a conscientização temática, trabalhando em conjunto com outras organizações, agências e programas do sistema das Nações Unidas, de modo a desenvolver atividades em benefício do meio ambiente, além de promover a interação de cientistas, políticos, líderes sociais e formadores de opinião em geral.

ARSÊNICO E SEUS EFEITOS ....

Pesquisadores esclarecem efeitos do arsênico em células humanas
Fonte: The Journal of Clinical Investigation, 14/11/2001


Pesquisadores das Instituições Médicas Johns Hopkins descobriram um mecanismo que pode ter importância nos efeitos paradoxais do arsênico, que pode agir tanto como um tratamento para cânceres como um carcinógeno. O estudo está publicado na edição desse mês de The Journal of Clinical Investigation.
O arsênico é bem sucedido no tratamento de infecções como a malária, sífilis e framboesiomas, e é também efetivo contra certos tipos de leucemia. No entanto, a exposição a longo prazo a arsênico em água potável tem sido ligada a cânceres de bexiga, pulmão, pele, rim, canais nasais, fígado e próstata. A Organização Mundial de Saúde, o Departamento de Saúde e Recursos Humanos (DHHS) e a EPA (Agência de Proteção Ambiental) determinaram que o arsênico é cancerogênico para humanos.
"O arsênico tem efeitos diferentes dependendo do "terreno" em que atua: em células normais ele pode causar câncer e em células cancerosas pode levar à morte celular. Descobrimos um mecanismo que pode explicar ambos esses efeitos," afirmou Chi V. Dang, professor e diretor de hematologia e co-autor do estudo.

Dang e sua equipe descobriram que o arsênico inibe a transcrição de um gene chamado hTERT, que por sua vez inibe a expressão da telomerase, uma enzima que protege as extremidades dos cromossomos. Baixos níveis de telomerase causam fusões das extremidades dos cromossomos, promovendo instabilidade genética. Essa instabilidade pode levar a um câncer em células saudáveis e a apoptose, ou morte celular, em células cancerosas, segundo Dang.
As descobertas têm implicações tanto no desenvolvimento de terapias contra cânceres quanto em questões de saúde pública relacionadas aos níveis aceitáveis de arsênio na água potável. Os resultados do estudo podem levar ao desenvolvimento de uma quimioterapia mais efetiva para o tratamento de leucemia. Estudos anteriores mostraram que o composto trióxido arsênico é muito efetivo no tratamento de leucemia promielocítica aguda, uma variante de leucemia mielóide aguda, responsável por cerca de 10 a 15% desse tipo de câncer em adultos.

"A quimioterapia ataca pontos fracos diferentes de uma célula cancerosa. Nossas descobertas colocam em perspectiva como o arsênico pode ser utilizado em combinação com outros medicamentos na quimioterapia para combater o câncer," concluiu Dang.

O arsênico é um elemento que ocorre naturalmente e é encontrado na crosta terrestre, na água, no ar, em plantas e em animais. Ele é liberado no ambiente através de processos geológicos naturais, como vulcanismos, erosões, incêndios florestais e pela atividade industrial humana.