terça-feira, 13 de outubro de 2009

sustentax

Muitas empresas ainda não se deram conta de que daqui para frente, não bastará ter produtos e serviços de qualidade, a bons preços e oferecidos com bom atendimento. Será preciso, também, que esses sejam percebidos como tendo sido produzidos por uma empresa responsável com as questões sociais e ambientais. Como diz Philip Kotler, os consumidores julgarão, cada vez mais, as companhias por seu desempenho com respeito ao uso sábio e eficiente dos materiais e dos processos de produção.

A equação é clara, a maioria das empresas ainda não despertou ou não sabe como trabalhar essa nova exigência do mercado consumidor, especialmente no Brasil onde 92% da população se diz preocupada com as conseqüências das mudanças climáticas. É bom ressaltar que o conceito de sustentabilidade não deve ser confundido ou usado como sinônimo de ecológico. Entre um e outro, são várias as diferenças, todavia nada impede que produtos ecológicos sejam sustentáveis, desde que fabricados por empresas que possuam ações sociais e ambientais relacionadas aos seus negócios, preocupadas com o planeta, com seus colaboradores e consumidores e que seguem princípios éticos e de justiça.

De um lado, consumidores exigentes e preocupados com as mudanças climáticas do planeta. Do outro, empresas buscando inovação, resultados positivos e novos mercados. É fácil constatar e as pesquisas comprovam, enquanto 52% dos consumidores estão dispostos a comprar produtos de fabricantes que não agridem o meio ambiente mesmo que sejam mais caros (de acordo com pesquisa IBOPE, set/2007), 76% das empresas admitem que não conhecem as preocupações de seus clientes com responsabilidade socioambiental (dados IBM, jan/2008).

É incontestável que os consumidores brasileiros estão entre os mais prezam as questões ambientais. Na pesquisa Pew Research Center, divulgada em novembro de 2008 e realizada mundialmente, eles são os mais preocupados com o aquecimento global. E eles também sinalizam, por mais de 60%, que é papel da grande empresa colaborar, ativamente, para o desenvolvimento da sociedade, como indica a pesquisa realizada pelos institutos Akatu, de consumo consicente, e Ethos, de empresas e responsabilidade social.

A conjuntura é absolutamente favorável para as empresas buscarem um novo diferencial competitivo e a preferência dos consumidores, incorporando em seu planejamento estratégico a ética, adotando práticas de sustentabilidade e excluindo da sua cadeia de fornecedores os que não estejam fundamentados em responsabilidade social, planetária e empresarial.

Nesta tendência, de acordo com pesquisa TNS, de 2008, 95% dos brasileiros aprovariam que o setor varejista realizasse uma seleção prévia de produtos, excluindo das gôndolas aqueles produtos que agridem o meio ambiente ("choice editing“). O número está acima da média mundial, de 71%.

O que as empresas estão fazendo para atender o desejo do consumidor no sentido de colaborar de forma objetiva e genuína a construir um mundo melhor?

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